segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Corredores

O Caro Leitor já deve saber que dos corredores de ônibus que a prefeitura pretendia construir nas avenidas Faria Lima, Brás Leme, Sumaré, Celso Garcia e Berrini somente os da Celso Garcia e da Berrini serão construídos. Falta de orçamento? Não. Falta de vontade da prefeitura? Não (é ano de eleição, lembram?). Pasmem, caros leitores, dessa vez foi a cidade quem disse não.

Segundo matéria do Estado de São Paulo de Hoje, (http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080211/not_imp122473,0.php), os comerciantes dessas regiões se colocaram contra a construção dos corredores argumentando que " o comércio ao longo das vias com corredores seria prejudicado, pois os clientes não teriam mais espaço para estacionar".

Pois bem. Que assim seja. É importante respeitar a opinião da maioria. Supondo-se que a maioria seja composta por comerciantes dessas grandes avenidas. Ora, façam-me o favor. Em 10 minutos passam por cada uma dessas avenidas 10 vezes mais pessoas do que todos os comerciantes. Essas pessoas foram ouvidas?

Houve uma audiência pública? Sim houve. Mas como o trabalhador só tem dispensa se for doar sangue, (a CLT não prevê falta justificada por comparecer a uma audiência pública) é claro que só os comerciantes comparaceram.

O poder público precisa começar a agir em benefício da maioria. E a maioria em São Paulo não é de comerciantes, lojistas ou empresários. A maioria não tem carro ou moto. A maioria mora longe, na periferia. A maioria depende do transporte público. A maioria tem o imposto de renda e o INSS descontado diretamente na folha de pagamento e não pode sonegar.

Mas o trabalhador não vai ficar sem nada não. Vamos ganhar corredores virtuais. Isso mesmo. Corredores que aparecem pela manhã, desaparecem após o horário de pico e voltam a tarde.

Claro que não serão construídos novos pontos de ônibus, faixas exclusivas e travessias. Será mais uma "gambiarra" das muitas que nossa cidade tem.

Há centenas de exemplos ao redor do mundo. Soluções criativas e com custos apropriados à realidade paulistana. Basta que se mude a prioridade. Ninguém que tem carro vai deixar de usa-lo para ficar enlatado em um ônibus lotado durante1 hora e meia para chegar ao trabalho. Mas, se houver opção, é seguro que as pessoas deixem seus carros em casas. Afinal de contas dirigir a 20 km/h não é das coisas mais agradáveis.

É isso senhoras e senhores, o metrô não anda por falta de verba e os corredores, ruas e avenidas ficarão parados por falta de bom senso.

3 comentários:

Anônimo disse...

Seu bêbado!


É loJista, e não loGista... haha...


Alemão, hoje iremos novamente à faculdade (demôôôôônio!)... Não se esqueça que hoje você DEVE dar aula aos bixos! Precisamos colocar em prática o plano bolado (mas não fumado! porque o nosso negócio é cana! haha)


Um abraço,


Carlinhos.

Anônimo disse...

Que bonito. Encheu a cara ontem e esqueceu do blog?
Achei que vc só tinha esquecido de mandar o e-mail, mas parece que esqueceu de mais alguma coisa. haha.
Ps: quebrar copo é mancada!

Anônimo disse...

Cadê o post do dia? Cadê o post do dia? Cadê o post do dia? Cadê o post do dia? Cadê o post do dia?
Porra, assim vc me fode!
Quer que eu toque essa meleca para ver se anda? rs
Abraços