Há tempos não pegava um livro do quel eu não conseguisse desgrudar. Este fim de semana aconteceu. Li A Ilha, do jornalista Fernado de Moraes, escrito por volta de 1975.
O livro narra as impresssões de um jovem jornalista sobre sua visita à Cuba e duas entrevistas sensacionais. Uma com Fidel Castro e outra com um médico que fez parte dos guerrilheiros que derrubaram a ditadura de Batista.
É leitura obrigatória. Tanto para os simpatizantes quato para os críticos do regime cubano. Mas alguns pontos são especialmente interessantes.
Em 1975, dezesseis anos depois da implantação do governo revolucionário não haviam prostitutas em Cuba. Nem drogas. Nem favelas. Como eles conseguiram isso? Está lá no livro.
Comecei a pesquisar o que é Cuba hoje. Muita coisa mudou. Mas a idéia de liberdade pela igualdade ainda é muito difundida por lá.
Recomendo a todos que leiam o livro. Algo deve mudar na cabeça do caro leitor. Eu percebi que os ideais comunistas continuam fazendo muito mais sentido pra mim do que o lucro a qualquer custo. O mundo está a cada dia mais envolvido com o capital financeiro do que com o capital humano. A cada dia que passa nós pensamos menos coletivamente e mais individualmente. O Brasil é um expoente nessa arte.
Lendo o trabalho do Fernando de Moares fiquei mais consciente do quanto estamos distantes de uma sociedade efetivamente preocupada com seu destino. Seja ela capitalista ou socialista. Mas não se deve perder a esperança senhoras e senhores. É só o que temos hoje.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
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