Em meio as turbulências e ao pânico causados pelos erros do FED o Brasil se mostra tranquilo em vista de outros países.
A despeito das quedas na bolsa de valores, decorrentes das movimentações da capital necessárias à acomodação dos lucros e prejuízos de investidores ao redor do mundo a crise aparentemente não afetará profundamente a economia real brasileira.
É uma situação nova para o brasileiro. Estamos acostumados com a contaminação imediata da economia por crises externas, haja vista o México, Rússia, Argentina, etc. Dessa vez temos reservas em dólar suficientes, contas externas em relativo equilíbrio, economia crescendo e um clima de tranquilidade política. O resultado está aí para quem quiser ver.
No entanto a perspectiva de uma recessão nos EUA e uma consequente diminuição da atividade econômica no planeta pode sim ter efeitos no crescimento da economia brasileira no médio prazo. A vacina é o crescimento do mercado interno.
Os investimentos do PAC aliados a uma política de fomento à atividade industrial, pode conter uma tendência de aumento da pressão inflacionária pelo lado da demanda. Estes mesmo projetos, ao influenciar diretamente no crescimento do emprego e consequentemente da massa salarial, tornaria o País menos exposto a uma eventual diminuição das exportações.
Resta saber se o planejamento destas ações aparentemente já em curso será efetivamente levado a cabo com seriedade ou se perderá na teia de fisiologismos e troca de cargos em função das alianças políticas de última hora que o governo, sem maioria no senado, foi obrigado a fazer.
É um momento único na história recente do Brasil. Comemoremos pois, senhoras e senhores. Mas com um olho no gato e outro no peixe.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Vc devia pensar em uma editora. Congratulations. No aguardo do monólogo. bjs
É Alemão, não só de cachaça vive o estudante!!!
Muito legal o blog e bem escrito. Parabéns.
Ilidio
Postar um comentário