O amigo leitor que por qualquer motivo que seja teve seu nome enviado ao SPC conhece o que é ser preterido para uma série de atividades.
Não se pode ter cheque, cartão de crédito, carro financiado e muitas empresas checam este dado. Quem deve não pode sequer trabalhar.
Uma multidão de pessoas que tiveram problemas com a justiça, mesmo os delitos mais simples são impedidas de trabalhar. Ficam marcadas por toda a vida.
Aguardam anos pelo julgamento, muitas vezes cumprindo pena em cadeias superlotadas ou penitenciárias que são pouco mais que campos de refugiados.
Agora temos um novo ministro das Minas e Energia. O Senador Edison Lobão.
O senador responde por processos na justiça de todo tipo. Crime ambiental, envolvimento com laranjas, e suspeita de intervenção em processos de investigação de assassinatos.
E porquê, amigo leitor, o senador ainda está lá. A resposta é simples: Fidelidade.
Não a fidelidade partidária ou a fidelidade ao compromisso assumido com seus eleitores. Fidelidade ao clã Sarney, que tanto mal já fez à este país. É das famílias mais ricas do norte, com acesso a uma rede de mídia em rádio e televisão capaz de eleger ou derrubar qualquer liderança política.
Mas estas pessoas têm o chamado "foro privilegiado". Só podem ser julgadas pelo pelo STF cujos ministros são indicados pelo Presidente da República e aprovados pelo senado. Um clássico exemplo de conflitos de interesse.
Este tipo de privilégio é que sustenta esta elite de criminosos. Inimigos públicos de tudo que é público. São mais de 700 pessoas que, a despeito de quaisquer ações, não podem ser julgadas pela justiça comum, como todos os outros brasileiros.
É hora de acabar com esta aberração. A restauração da confiança nas instituições públicas brasileiras tem de passar por aí. Como um "serviço de proteção ao crédito político".
Fizemos o depósito de nossa confiança para o bem de todos, senhoras e senhores. Eles sacam em proveito próprio.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
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Um comentário:
E continuamos bancando cada um desses "doutores". E infelizmente, pouco se faz para que isso mude. O povo continua no cabresto, na base do que chamo voto-arroz-feijão. A sacudidela, que deveria ver da chamada "Elite" ainda não veio.
Como li certa vez:
O otimista acha que o Brasil é o país do futuro;
O pessimista tem certeza disso.
Abraços Emerson
Alex (AlphaVille)
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