segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O Ralo e os Rolos

Quanto signifcou a perda da CPMF para o governo? Quarenta bilhões? É sem dúvida muito dinheiro. Qualquer governo que fosse privado de uma quantia tão significativa estaria em maus lençóis.

Para escrever o post de hoje resolvi fazer uma pequena busca no google com as palavras: "esquema prejuízo cofre público 2007 bilhões".

Olhem só que interessante.

11/2007 - Prejuízo de 1 Bilhão aos cofres públicos
12/2007 - Prejuízo de 1 Bilhão aos cofres públicos
11/2007 - Prejuízo de 1,7 Bilhão aos cofres públicos

Foram 2 minutos de pesquisa e bingo, temos 10% de toda a CPMF.

Isso porque estamos tratando apenas dos escândalos BILIONÁRIOS. Coisa de milhãozinho não entrou nessa conta.

Pois bem. A pergunta de 1 bilhão é: Nós precisamos de mais impostos ou precisamos fechar o ralo?

A cultura de trocar as direções dos órgãos públicos e autarquias está institucionalizada na política há muito tempo. O tempo todo ouvimos que a Reforma política deve ser por voto distrital, lista fechada e outros instrumentos que, sim, são úteis para resgatar não só a credibilidade mas creio mesmo que a utilidade da classe política brasileira.

Mas o que precisamos mesmo, senhoras e senhores, é acabar com a distribuição de cargos para quem não receberia um voto sequer, nem para síndico de prédio.

Um funcionário trabalha em um órgão por 15 ou 20 anos. Faz carreira naquela instituição, dá palestras, escreve livros, se informa e, na hora de se escolher um presidente ou diretor adivinhem qual é o critério? Estritamente político.

Isso mina as instituições e enfraquece o controle. Pessoas sem conhecimento técnico transformam o estado em incontáveis celeiros de corrupção.

Reclamamos o tempo todo de que o serviço público no Brasil é péssimo. Agora vejam bem. Se um servidor não tem perspectiva de crescer por seus méritos, uma vez que o critério de promoção é exclusivamente político, qual interesse este cidadão tem em se aperfeiçoar, em prestar um serviço de qualidade. É o óbvio senhores. Nenhum.

Prestigiar o funcionário público é um dos caminhos para diminuir a corrupção. Sem oferecer este tipo de oportunidade ao cidadão que, em última análise, trabalha para todos, não há como proteger o patrimônio público.

A cada troca de governo uma nova equipe de ladrões assume o controle da máquina. Os antigos saem impunes e os novos, já com a mina de ouro a sua disposição não têm interesse em expor as feridas da administração pública.

E assim vamos transformando o orçamento em um gigantesco queijo suíço. O dinheiro nós já temos senhoras e senhores. É nosso, é suficiente e está na conta.

A senha e o cartão estão com eles.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lesmão,


Chega de tanta indignação com a Pátria Amada... O negócio mesmo é beber para esquecer dos "problemas"!

E se quiser começar ainda hoje, mesmo... A tertúlia começará por volta das 19h, em algum abençoado canto da cidade! Junte-se a nós!

Um abraço,

Carlinhos.

PS: beleza de blog - prometo que tornarei minhas visitas mais frequentes por aqui!