quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cachorro com dois donos morre de fome

A Amazônia é nossa amigo Leitor. Essa simples frase tem dado muito pano para a manga por conta do interesse internacional, oriundo das previsões catastróficas sobre o aquecimento global.

E já temos toda sorte de mazelas se abatendo sobre a Amazônia. ONGs que tentam comprá-la, expansão da agropecuária em zonas de preservação, rotas do tráfico de drogas, índios viciados em cocaína, tropas das FARC transitando nas fronteiras além, é claro, da extração de árvores centenárias para que as madames de plantão possam ter suas mesas de mogno. E vem o Barba e diz: A Amazônia é nossa! Nossa? Nossa quem, cara pálida?
A Amazônia é hoje terra de ninguém. O exército brasileiro, uma das instituições mais respeitadas por todos os brasileiros, está completamente desaparelhada para patrulhar as fronteiras. E tem que ser o exército amigo leitor, que a polícia federal os madeireiros já puseram pra correr.

Cadê o SIVAM? Investimos uma fortuna em radares que identificam os desmatamentos e fazemos o que? Nada, ora bolas. É isso que sempre fazemos. Nada. As madeireiras continuam agindo, os pecuaristas continuam queimando, os traficantes continuam voando. E nós assistimos a isso calmamente sentados em nossas poltronas e dizendo: Que absurdo!. Hipocrisia tem limite.

Mandaram a Marina embora. A pressão foi tanta que ela desistiu. O mundo lamentou a sua saída. Quem entrou no lugar fala em confisco de boi. E o restante dos problemas? E o subdesenvolvimento da região? E o crescimento sustentável das economias ribeirinhas? E o policiamento? Nada. Nem uma palavra.

É para acabar com o humor de qualquer um. Soberania nacional senhoras e senhores? Isso é coisa pra quem é, de fato, dono do próprio nariz.

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