O Amigo Leitor já deve estar careca de ouvir dizer que o eleitor brasileiro tem memória curta e não acompanha o político no qual vota. Nem tem o hábito de se informar adequadamente sobre a vida política de seu candidato, o que torna fácil a eleição de candidatos fabricados, de história política duvidosa ou de flertes, quando não romances, com o crime e a falta de ética.
Este comportamento se deve não só a parca formação política do eleitor. Também a enorme distância que separa os candidatos dos seus eleitores serve aos que se candidatam com o único objetivo de se locupletar. A imensa maioria dos eleitores conhece o candidato apenas pelo “santinho” , quando muito.
É este distanciamento que permite as casas legislativas de todas as instâncias os desmandos que tem sido denunciados pela imprensa de todo o país. Desde castelos até pagamento de passagens aéreas para familiares e amigos com dinheiro público.
O congresso nacional passou agora a pouco por uma avaliação da Fundação Getúlio Vargas. Das mais de 150 diretorias (com diretores, secretárias e toda a infra estrutura que se puder “pendurar” nelas seriam necessárias apenas 7. Em toda a história da iniciativa privada nunca se viu um ”downsize” dessas proporções. O motivo é simples: Qualquer empresa que se permita um descalabro desses está fadada à extinção.
Não se trata aqui de defender um estado que se paute exclusivamente pelo lucro. O estado tem obrigação de atuar nos setores onde a iniciativa privada não tem interesse. Mas daí a rasgar dinheiro há uma distância considerável.
Agora o congresso começa a levantar a bandeira do financiamento público de campanha e a lista fechada de candidatos. O primeiro é um instrumento importante para impedir o controle de grupos milionários sobre os políticos. Uma vez que não se possa doar dinheiro aos candidatos a capacidade de corromper diminui. Além do benefício adicional de nivelar os candidatos em relação ao seu poder de exposição na mídia, valorizando mais as propostas em detrimento da imagem.
Mas implantar a lista fechada sob o argumento de “facilitar” a vida do eleitor para que não precise escolher entre milhares de candidatos é uma forma de alienar ainda mais do eleitor a possibilidade de escolher. Os partidos políticos no Brasil são instituições onde os atuais quadros do legislativo se originam. Dada a qualidade destes é no mínimo duvidoso que estas organizações venham a escolher os mais preparados e éticos.
Os quadros já não oferecem muita escolha para o eleitor informado, que busca saber o que seu candidato anda fazendo e tem condições de avaliar minimamente o desempenho de senadores e deputados. Imaginem se a partir de 2010 formos obrigados a votar no escuro? Vamos lembrar, senhoras e senhores: A noite todos os gatunos são pardos.
Este comportamento se deve não só a parca formação política do eleitor. Também a enorme distância que separa os candidatos dos seus eleitores serve aos que se candidatam com o único objetivo de se locupletar. A imensa maioria dos eleitores conhece o candidato apenas pelo “santinho” , quando muito.
É este distanciamento que permite as casas legislativas de todas as instâncias os desmandos que tem sido denunciados pela imprensa de todo o país. Desde castelos até pagamento de passagens aéreas para familiares e amigos com dinheiro público.
O congresso nacional passou agora a pouco por uma avaliação da Fundação Getúlio Vargas. Das mais de 150 diretorias (com diretores, secretárias e toda a infra estrutura que se puder “pendurar” nelas seriam necessárias apenas 7. Em toda a história da iniciativa privada nunca se viu um ”downsize” dessas proporções. O motivo é simples: Qualquer empresa que se permita um descalabro desses está fadada à extinção.
Não se trata aqui de defender um estado que se paute exclusivamente pelo lucro. O estado tem obrigação de atuar nos setores onde a iniciativa privada não tem interesse. Mas daí a rasgar dinheiro há uma distância considerável.
Agora o congresso começa a levantar a bandeira do financiamento público de campanha e a lista fechada de candidatos. O primeiro é um instrumento importante para impedir o controle de grupos milionários sobre os políticos. Uma vez que não se possa doar dinheiro aos candidatos a capacidade de corromper diminui. Além do benefício adicional de nivelar os candidatos em relação ao seu poder de exposição na mídia, valorizando mais as propostas em detrimento da imagem.
Mas implantar a lista fechada sob o argumento de “facilitar” a vida do eleitor para que não precise escolher entre milhares de candidatos é uma forma de alienar ainda mais do eleitor a possibilidade de escolher. Os partidos políticos no Brasil são instituições onde os atuais quadros do legislativo se originam. Dada a qualidade destes é no mínimo duvidoso que estas organizações venham a escolher os mais preparados e éticos.
Os quadros já não oferecem muita escolha para o eleitor informado, que busca saber o que seu candidato anda fazendo e tem condições de avaliar minimamente o desempenho de senadores e deputados. Imaginem se a partir de 2010 formos obrigados a votar no escuro? Vamos lembrar, senhoras e senhores: A noite todos os gatunos são pardos.
Um comentário:
Amigo, acho que posso mere ferir desta forma,há dias tenho martelado minhas idéias sobre esse e outros absurdos, temos que fazer algo para que não se tornem realidade. Isto não seria propriamente um comentário , o texto o dispensa, mas sim uma convocação, precisamos nos mobilizar para impedir que o fato seja consumado, mas Brasília fica muito longe, pelo menos pra mim, de uma coisa tenho certeza existe uma câmara ou uma assembleia logo ali, estou me colocando a disposição para planejarmos algo que seja repercutivo.
|Fernanda Calvo Duarte
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