terça-feira, 16 de agosto de 2011

Alianças, governabilidade e ética.

O amigo leitor não se engane. As denúncias fizeram efeito. O PR enfim capitulou e colocou os cargos que tem no governo a disposição da Presidente Dilma. Jura que não haverá represálias e que pensa no bem do País.

A onda de denúncias já começa a resvalar no Presidente do Senado que se apressou em dizer que a responsabilidade pela indicação cabe a bancada do partido.

Pudemos ver nos últimos dias que para os integrantes destas quadrilhas a métrica é simples: Multiplica por três que é para o governo. Na cabeça destes senhos o governo é uma entidade separada da realidade nacional Eles não estão tirando das vítimas de estradas mal conservadas. Nem dos milhares de brasileiros que se beneficiariam com treinamento e capacitação para incrementar o turismo. Eles tiram do governo.

Desde a eleição de Fernando Collor observa-se a dificuldade que o executivo tem para aprovar seus projetos junto a base aliada. A moeda de troca: Cargos. O que representa poder sobre orçamentos milionários. A unidade que nivela isso tudo é a mesma. O dinheiro do contribuinte.

Essa é a tal governabilidade. Em um país onde a política fosse coisa de gente séria. Onde de fato os cidadãos tomassem conta do que o governo faz, esta troca se daria pelo reconhecimento do bom trabalho executado. De projetos consistentes e resultados. No Brasil as alianças não se formam por conta de afinidades ideológicas ou programas de governo convergentes. As alianças são feitas e desfeitas levando-se em consideração apenas o retorno financeiro e as possibilidades de lesar o erário.

E a única força capaz de agir na contramão deste movimento é a Imprensa Livre. As denúncias feitas pelos jornais em São Paulo não deram à presidente outra escolha senão demitir os ministros e iniciar as apurações.

Ficam as seguintes perguntas:

Se a imprensa não tivesse noticiado estes senhores ficariam anos a sugar o dinheiro pago pelo trabalhador e pelo empresário. Existem outros, com certeza. O que será feito para coibir isso de forma definitiva?

Com a saída dos quadros atuais estes postos serão cobertos por quem?

Há anos a imprensa noticia as obras inacabadas e as estradas em frangalhos. Há anos o turismo está as moscas. Sem projetos importantes em um país que poderia ser, sem sombra de dúvidas, o principal destino de turistas no mundo todo. Porque só agora, quando o quadro de instabilidade política começou a ferver por conta do endurecimento do jogo político?

As respostas são simples, senhoras e senhores. 2014. Até lá o que veremos é a imprensa vendendo anúncios enquanto o país espera mais uma carnificina pelo poder






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